sábado, 25 de dezembro de 2010

MEDICINA DESPORTIVA:LESÕES NO FUTEBOL

LESÕES
-Fraturas;
-Pubalgia;
-Roturas musculares;
-Roturas dos ligamentos do joelho;
-Entorses;
-Estiramentos e distenções

Fratura Exposta

O que é uma fratura exposta?
Geralmente vemos as pessoas leigas contarem que alguém sofreu uma fratura exposta, relacionando-a a um caso muito grave, ou quando ocorre uma deformidade muito grande do membro afetado. Na verdade, a fratura é considerada exposta quando o osso ao quebrar perfura a pele, entra em contato com o ambiente (podendo entrar em contato com terra, grama, asfalto, dependendo do local em que a pessoa estava ao fraturar o osso), restando um ferimento na pele, de tamanho variável, com ou sem osso exposto. Isto porque muitas vezes o osso perfura a pele e volta para seu envólucro tecidual, confundindo quem atende a urgência, que pode pensar tratar-se de um simples ferimento, bastando suturá-lo, quando o mais correto seria operar a fratura, abrindo, limpando toda a sujeira encontrada, desde a abertura da pele até o osso, e fixando, se possível, o osso.
A fratura exposta é classificada em vários graus, desde um pequeno ferimento na pele de menos de 1 cm, até o caso mais grave, com ruptura de vasos e nervos do membro afetado.
O que mais importa para o traumatologista (e para qualquer pessoa que atender uma fratura exposta) é o grau de lesão dos tecidos moles (vasos, nervos, músculos, pele) pois nada adianta termos na frente uma fratura simples, fácil de fixar na teoria, se a pele estiver macerada, ou se houver perda de cobertura muscular, ou ainda se um ou mais nervos responsáveis pelo comando motor e/ou sensibilidade do membro estiver roto, ou até mesmo se uma lesão da artéria principal (que nutre o membro) tiver ocorrido. Estes fatores é que na verdade vão predizer a gravidade e o potencial de recuperação do membro comprometido.
Quando presenciarmos um caso destes, após chamarmos uma equipe de socorro, caso vejamos uma ferida com grande sangramento, não devemos garrotear o membro e sim fazer compressão no ferimento para tentar estancar o sangramento. Depois a equipe especializada em resgate fará o resto.

A pubalgia é uma lesão frequente na prática de qualquer actividade desportiva.

 Esta lesão origina-se na zona abdominal e é caracterizada por dores intensas após a actividade física.
O osso da púbis é um dos ossos da bacia pélvica que oferece sustentação aos órgãos abdominais. A dor originada na púbis tem diversas causas, como por exemplo, o treino intenso o que provoca inflamação e dor.
A Prevenção envolve programação dos treinos por especialistas dando atenção especial ao equilíbrio articular e muscular da pelve.
O Tratamento baseia-se no repouso, anti-inflamatórios e fisioterapia.

Distensões 

As distensões ocorrem, normalmente, em situações de grande esforço muscular explosivo, em curtos períodos de tempo.
Quando a força sobre o músculo excede a sua resistência natural pode haver ruptura, como em casos de sobrecarga durante a tracção muscular excêntrica.
As distensões costumam ocorrer nos músculos que movimentam duas articulações, como os músculos posteriores da coxa, que flexionam o joelho e estendem a articulação dos quadris.
Podem ser classificadas de acordo com o grau da ruptura: o primeiro e segundo graus envolvem ruptura parcial, e o terceiro refere-se a rupturas completas ou separação.
-Sintomas
1.Dor aguda no momento da lesão e durante a contracção do músculo.
2.Em rupturas parciais, a dor resultante pode inibir a contracção muscular. Em rupturas completas, os músculos são incapazes de se contrair por questões mecânicas.
3.Em rupturas parciais, algumas vezes é possível palpar o defeito muscular durante o exame. Em rupturas completas, o defeito pode ser palpado ao longo de todo o ventre muscular (semelhante a um pequeno tumor).
4.Sensibilidade e inchaço localizados são frequentes na região afectada.

-Cicatrização

Quando um músculo é excessivamente distendido, as fibras musculares e os vasos sanguíneos rompem-se. As extremidades rompidas retraem-se, e a área lesada é preenchida por sangue. No inicio, haverá inflamação e, em seguida, reabsorção do sangue. O reparo envolve a formação de novas fibras musculares (regeneração) e, simultaneamente, produção de tecido cicatricial (tecido de granulação).
Deste modo, é importante que, após a lesão, o paciente siga um programa de reabilitação a longo prazo.




Entorse do Tornozelo - Prevenção e Tratamento
As entorses do tornozelo constituem das lesões desportivas mais comuns no futebol, sendo entendidas como uma rotura dos ligamentos (o tecido elástico resistente que liga os ossos entre si). Costumam ocorrer quando o pé roda para fora, fazendo com que a planta do pé fique virada para o outro pé, sendo a mais comum a entorse externa, em grande parte devido à anatomia óssea. Como principais factores de risco temos os ligamentos frouxos no tornozelo, músculos fracos, as lesões dos nervos da perna, o terreno em mau estado e condições do calçado (por exemplo pitons das botas gastos), constituindo um aumento do risco de entorse.
A gravidade da entorse depende do grau de estiramento ou de rotura dos ligamentos. Numa entorse ligeira (grau 1), os ligamentos podem estirar-se, mas de facto não se dilaceram, não costuma doer ou inchar em demasia, contudo, uma torção ligeira aumenta o risco de uma lesão recorrente. Numa entorse moderada (grau 2), os ligamentos rompem-se parcialmente. A inflamação e os hematomas são frequentes. Em geral, é dolorosa e torna-se difícil andar. Na entorse grave (grau 3), os ligamentos dilaceram-se completamente, causando inchaço e por vezes hemorragia sob a pele e fractura óssea.
O tratamento depende da gravidade da entorse. Em geral, as torções ligeiras tratam-se envolvendo o tornozelo e o pé com uma ligadura elástica, aplicação de gelo na zona, elevando o tornozelo(método RICE), à medida que os ligamentos se curam, aumenta-se de forma gradual o número de exercícios de elasticidade e reforço muscular. Nas entorses moderadas usa-se habitualmente um apoio/tala de gesso que imobiliza a parte inferior da perna. Nas lesões graves, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica, mas existe controvérsia sobre este tipo de cirurgia, pois a reconstrução cirúrgica não é mais eficaz que o tratamento sem cirurgia. Numa fase posterior é necessário elaborar um plano de tratamentos por forma restabelecer o movimento, fortalecer os músculos e melhorar o equilíbrio e resposta neuro-muscular, antes de voltar à actividade desportiva.
Os atletas cujos tornozelos se torcem com facilidade, o melhor tratamento é a prevenção, pois podem evitar as lesões a fazendo sempre um bom aquecimento e acima de tudo utilizando ligaduras funcionais/pés elásticos, sendo ainda fundamental a minimização dos factores de risco.

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